sábado, 11 de maio de 2013

Dorothea Helen Puente - A Vovó Maldita

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Dorothea Helen Puente nasceu em 1929 no condado de San Bernardino na Califórnia. Nasceu em uma família muito pobre, seus pais eram catadores de algodão e ambos eram alcoólatras. Mas os pais não puderam viver muito com a pequena Dorothea já que o pai morreu quando ela tinha 4 anos, dois anos depois sua mãe também veio a falecer.
Dorothea Helen chegou a viver alguns anos em um orfanato, depois da morte dos pais, mas após algum tempo vivendo lá, seus parentes de Fresno decidiram tomar conta dela. Porém, na vida adulta Dorothea costumava mentir sobre sua infância.

Já em 1945, com 16 anos, casou-se pela primeira vez com um soldado chamado Fred McFaul. Com este homem Dorothea teve duas filhas, entre 1946 e 1948, mas o que se sabe sobre as meninas é que ela teria mandado uma viver com seus parentes em Sacramento e a outra teria sido deixada em um orfanato, para adoção. No final de 1948, Dorothea ficou novamente grávida, mas seu marido decidiu abandonala. Com relação a esse casamento, mais tarde, Dorothea mentiria dizendo que não teria ficado muito tempo casada, já que seu marido havia morrido de ataque cardíaco no dia do casamento.
Em uma tentativa de ganhar uma renda, ela tentou forjar cheques, mas não durou muito o golpe, e ela acabou sendo presa e condenada a um ano de prisão. Mas seis meses após a prisão ela já estava nas ruas novamente, nesta época ela ficaria grávida pela terceira vez. O pai era um homem que ela mal conhecia, após o nascimento de mais uma menina, Dorothea a deixou também em um orfanato.

Em 1952 ela  se casou com um homem sueco e com ele teve um turbulento casamento que durou 14 anos. Já em 1960, ela havia sido presa por posse e gestão de um bordel. Foi condenada a 90 dias de prisão, mas após completar os 90 dias na prisão sua liberdade não durou muito. Foi presa novamente por vadiagem e condenada a ficar mais 90 dias presa.
Após a ultima prisão, Dorothea encontrou trabalho como auxiliar de enfermagem, cuidou de idosos e de deficientes em casas particulares. Ela viu que o negócio de "cuidadora" poderia dar mais lucro que bordéis, e em pouco tempo ela começou a administrar pensões.

Ela se divorciou do antigo marido e arrumou outro em 1966, 19 anos mais novo que ela (velha papa anjo).
Mas o casamento durou apenas dois anos. Após o término de seu ultimo casamento, Helen assumiu uma casa de assistência de 3 andares, em Sacramento, Califórnia. A casa, que contava com 16 quartos, abrigava miseráveis e desabrigados da região.

No ano de 1976, Dorothea casou pela quarta vez. Seu marido era alcoólatra e extremamente violento, por esse motivo acabaram se separando apenas alguns meses após o casamento.

Após o ultimo casamento, Helen começou a percorrer bares à procura de homens velhos que estivessem recebendo benefícios. Ela forjava assinaturas para roubar a velharada que tinha o azar de cair na conversa dela. Mas as fraudes não duraram muito e ela acabou sendo presa e acusada de 34 crimes de fraude  em tesouraria. Após receber liberdade condicional, Dorothea continuou a cometer as mesmas fraudes de antes.

Em 1981, Helen começou a alugar apartamentos, em Sacramento. Sendo vinculado a esse lugar os maiores crimes da carreira da velhinha do mal. Neste mesmo apartamento ela viria a matar no mínimo 9 pessoas.

Alguns moradores se ressentiam de sua mesquinhez e reclamaram que ela se recusava a dar-lhes suas correspondencias ou dinheiro.
Os motivos de Dorothea matar os inquilinos era sempre financeiro. Segundo a polícia, os assassinatos começaram em 1982, quando uma velha "amiga" da assassina, Ruth Monroe de 61 anos, começou a viver com Helen em seu apartamento. Não demorou até que Ruth fosse achada morta por overdose de codeína e tylenol. Na epoca, Helen disse a polícia que a amiga estava muito deprimida por conta da doença de seu marido, que estava em fase terminal. Eles acreditaram (e quem não acreditaria?) e julgaram o incidente como sendo suicídio.

Algumas semanas após o assassinato de Ruth, a polícia estava de volta á pensão de Dorothea, dessa vez um pensionista de 74 anos a acusava de o drogar e roubar seu dinheiro. Helen foi presa e condenada a cinco anos de prisão por três acusações de roubo. Na cadeia ela passou a se corresponder com um aposentado de Oregon chamado Everson  Gillmouth de 77 anos. Quando Helen foi solta em 1985, ele a estava esperando em frente a prisão com sua picape ford. A relação foi ficando mais séria e foram logo fazendo planos de casamento e logo abriram uma conta bancária conjunta.

Em novembro de 1985, Dorothea contratou um "faz tudo" para instalar alguns painéis de madeira em seu apartamento. Por seu trabalho ela deu um pequeno adicional de US $ 800, Helen também deu-lhe uma picape ford vermelha em bom estado, afirmando que ela pertencia a um namorado de Los Angeles, que já não precisava mais dela e que o homem podia ficar com o veículo. Mas a mulher pediu mais um servicinho para o homem. Pediu que ele construisse uma caixa de 3 metros por 2, para armazenar livros e outros objetos pessoais. Então ela colocou "algo" dentro da caixa e pediu a ele que a ajudasse a transporta-la. Porém, ela disse-lhe para parar quando estavam no Jardim Highway, no Condado de Sutter e despejar a caixa no rio. Dorothea disse-lhe que o conteúdo da caixa era apenas lixo.

 Em 1986, um pescador avistou a caixa perto da margem do rio e decidiu chamar a polícia. Dentro da caixa estava o corpo em decomposição de um idoso, que permaneceu sem identificação por três anos.
Enquanto isso, a assassina continuou a cobrar a pensão de Everson Gillmouth, escreveu cartas para a sua família explicando que ele estava doente e por essa razão não tinha entrado em contato com eles. Dorothea teve mais 40 inquilinos e conseguiu bastante lucro com eles, mas ainda não era o bastante para a ganância da vovó psicopata, por isso, ela começou a ir novamente em bares a procura de novos "clientes".
Helen continuou a aceitar inquilinos idosos, e foi popular com os assistentes sociais locais, porque ela aceitou "casos difíceis", incluindo os toxicodependentes e os inquilinos abusivos.

Tudo ia "bem" até que os vizinhos da velhinha começaram a notar que um mendigo alcoolatra conhecido como "Chefe", a quem Dorothea dizia que tinha adotado, fazia buracos no solo e no subsolo da pensão. Chamou a atenção também por conta dos grandes sacos de lixo que ele levava em um carrinho de mão para logo após depositar dentro dos buracos.

O "Chefe" chegou a derrubar uma garagem nos fundos da casa, para fazer uma grande vala. Instalou uma laje de betão fresco lá, e logo depois também desapareceu.

Em 11 de Novembro de 1988, a polícia foi falar com a dona Dorothea por conta do desaparecimento do arrendatário Alvaro Montoya, um deficiente mental. Chegando na propriedade a polícia log desconfiou dos recentes buracos e decidiu averiguar mais de perto. Acabaram descobrindo em uma cova rasa o corpo da inquilina de 78 anos, Leona Carpenter. Mais sete corpos foram finalmente encontrados dentro da propriedade. Mas mesmo após a polícia ter encontrado o primeiro corpo, ainda assim, não desconfiaram da vovózinha. Acabaram permitindo que ela saisse da propriedade e fosse comprar chá. O resultado? Dorothea conseguiu fugir para Los Angeles, onde fez imediatamente amizade com um homem idoso, mas para seu azar o vovô era bem informado e a reconheceu a partir dos relatórios da polícia.

Dorothea Helen Puente foi acusada de 9 assassinatos acabou sendo condenada a prisão perpétua. Faleceu  na prisão em 2011.


Curiosidade: 

Em 1998, Dorothea começou a se corresponder com Shane Bugbee, que realizou uma extensa entrevista com ela ao longo de vários anos. Ela começou a enviar-lhe várias receitas, e em 2004 o livro "Cozinhando com um serial killer" foi lançado. Ela incluiu uma entrevista longa, quase 50 receitas, e várias peças de arte.

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